Azar no amor. É, gente, já me conformei. Não nasci para ser feliz no amor e ponto final. Quando penso que as coisas estão melhorando... puf! Algo acontece e transforma o meu cosmos em um terrível caos de decepção. Essa semana levei três bolos: um no domingo, um na quarta e outro na sexta. O carinha do domingo disse que ia ligar e não ligou. Problema, eu não gosto dele e foi até bom que não atrapalhou meu soninho depois do almoço. Além do mais já dei o troco nele ontem à noite, mas depois eu conto essa história. Já o carinha dos outros dias... esse me deixou chateada. Além do mais, meteu a maior desculpa esfarrapada, disse que não poderia me ver porque o tempo estava nublado e moto não combina com chuva. Detalhe: aqui em casa estava o maior sol, só na casa dele foi que o tempo nublou. Além do mais, se estivesse chovendo de verdade nem eu iria querer sair de moto, mas uma nuvenzinha no céu não deveria ser motivo. Já sei, o cara não está a fim de mim. Pronto. Fazer o quê? O jeito é aprender a conviver com isso, o fracasso amoroso. Já estou chegando ao ponto de comparar, tantos são os exemplos. Nesse caso fiquei pensando no outro da feira. Coloquei na balança e cheguei à conclusão de que o “senhor não posso te ver hoje porque tenho de ir à feira” ganha de todas as desculpas esfarrapadas que já ouvi. E se eu viver cem anos não ouvirei coisa pior, tenho certeza. Só não entendo porque esses homens dizem que estão com saudades. Por favor, se tiver algum homem lendo isso deixe um comentário com a resposta, pois preciso entender. Porra, se não quer me ver, se não está a fim de mim, não me procure, não diga que está com saudades e não marque comigo. Simples assim.
Este ano, no dia dos namorados, um amigo me deu felicitações pelo Orkut. Foi aí que me dei conta de que já estou sozinha há um bom tempo e decidi trocar essa vida de farras por uma coisa estável, afinal de contas receber “feliz dia dos namorados” de um amigo que não está a fim de mim e nem eu dele foi no mínimo constrangedor. Mas pensando bem, pior mesmo foi quando eu ganhei um presente de dia dos namorados de um amigo gay. Eu nunca tinha recebido um presente de dia dos namorados na vida, aí do nada chegou esse amigo com uma sacola rosa toda cheia de fru-fru e disse:
- Vê se você gosta.
Abri e era um perfume delicioso:
- Hum... que delícia! É pra quem?
- Pra você.
- Pra mim? Obrigada! Mas porquê...? Nem é meu aniversário...
- Ah, você tem namorado?
- Não...
- Então, presente de dia dos namorados... Você é tão legal comigo, me ajuda tanto... quis te dar um presente...
Agradeci o presente que por sinal eu adorei, mas na verdade eu não sabia se ficava feliz ou deprimida com a situação.
O fato é que “coisas estáveis” não nascem em árvores e arranjar um namorado de verdade nos dias de hoje está pela hora da morte. Aí as pessoas ainda me cobram, como se dependesse só de mim. “Ah, você precisa se apaixonar... blá, blá, blá...” Cara, ainda bem que eu não saio me apaixonando por cada boca que beijo, senão estaria frita e mal paga. Já aprendi a lidar com o fracasso amoroso, pronto. O importante é que todo o resto vai bem, então que se dane o amor. Já que eu nunca vou encontrar a metade da laranja, vou me divertindo com as outras metades, a do limão, a da tangerina, a do abacate e por aí vai. Faço logo uma salada de frutas com bastante groselha em cima.
Essa semana estive pensando nessa parada de “sorte no amor e azar no jogo" e descobri que faz todo o sentido. De fato sempre fui muito mais bem sucedida em todo o resto que não é o amor. Já passei por poucas e boas e provei ter um poder de superação incrível, minha vida não parou nem por um minuto. Fico vendo o que tem por aí, a quantidade de pessoas que, ao primeiro sinal de problemas, já desiste de tudo, deixa as coisas de lado... nunca fiz isso, ainda bem, apesar de já ter comido o pão que o diabo amassou com o rabo. Isso já prova como sou bem sucedida. Neste momento da minha vida não tem sido diferente. Estou desenvolvendo projetos muito importantes, está tudo dando certo, então acho difícil que encontre o amor. Para isso acontecer teria de fracassar em todo o resto e, sinceramente, não tô a fim. Deixa como está, é melhor assim. Além do mais, estive analisando e cheguei à conclusão de que as minhas melhores fases acadêmicas se deram quando eu estava solteira. Então viva a solteirice e que venham os peguetes descartáveis! É só inverter a ordem das prioridades e pronto, problema resolvido. E também já encontrei o homem da minha vida, ele é um amor, super companheiro, atencioso, me escuta, se preocupa comigo, tem bom gosto, é ótima companhia, só que ele é gay (não, não é o do perfume). E daí? É só complementar com os peguetes. Metade de um com metade de outro... tcharam! Um homem perfeito. Prontinho!Agora antes de ir, deixa eu contar a história do bofe que levou o troco ontem, só pra vocês não se roerem de curiosidade. Lembram do tranqueira que pensou que eu fosse pagar o cinema pra ele? Pois é. Já tinha até esquecido que ele existia, mas ele entrou no msn domingo passado e me chamou pra sair. Deixa eu reproduzir o diálogo pra ficar melhor:
Ele: Vamos marcar alguma coisa...
Eu: Vamos sim, quando?
Ele: Hoje. Pode deixar que eu pago, tá?
Eu: É claro que paga.
Ele: Então daqui a pouco eu te ligo.
Eu: Ok, vou dormir um pouquinho que eu acabei de almoçar mas pode me acordar.
Ele não ligou e eu acordei depois que já tinha anoitecido. Aí ontem eu estava aqui em casa deitada na cama vendo a novela das sete e o telefone tocou. Era ele de um número que eu não conhecia, porque se aparecesse o nome dele no meu display é claro que nem atenderia. Aí foi assim:
Ele: Oi, é o Fulano.
Eu: Oi, Fulano, tudo bem?
Ele: Seu telefone de casa está ocupado? (Olha só que abuso!)
Eu: Sim, eu estou na internet.
Ele: Vai fazer o que hoje?
Eu: Nada, está frio e chovendo. Não estou a fim de sair.
Ele: Tá me dando o fora? (Imagina!)
Eu: Nãããooo... Só estou dizendo que estou em casa porque está frio e chovendo.
Ele: Vamos sair. Chama umas amigas suas... estou com uns amigos aqui querendo sair...
Eu: Não, não... eu não tenho amigas por aqui não... moro aqui há pouco tempo. Minhas amigas moram longe.
Ele: Que pouco tempo? Te conheço há três meses... (Afe! O que é que ele tem com isso?)
Eu: Sim, mas eu não faço amizade com vizinho, sou anti-social.
Ele: Então valeu... depois eu te ligo...
Eu: Ok. Tchauzinho.
Essa foi pior do que ter compromisso. Tipo: não vou porque não estou a fim mesmo, prefiro ficar em casa... Gostaram, né. PLA pra esse babaca. Beijos e até a próxima.
Este ano, no dia dos namorados, um amigo me deu felicitações pelo Orkut. Foi aí que me dei conta de que já estou sozinha há um bom tempo e decidi trocar essa vida de farras por uma coisa estável, afinal de contas receber “feliz dia dos namorados” de um amigo que não está a fim de mim e nem eu dele foi no mínimo constrangedor. Mas pensando bem, pior mesmo foi quando eu ganhei um presente de dia dos namorados de um amigo gay. Eu nunca tinha recebido um presente de dia dos namorados na vida, aí do nada chegou esse amigo com uma sacola rosa toda cheia de fru-fru e disse:
- Vê se você gosta.
Abri e era um perfume delicioso:
- Hum... que delícia! É pra quem?
- Pra você.
- Pra mim? Obrigada! Mas porquê...? Nem é meu aniversário...
- Ah, você tem namorado?
- Não...
- Então, presente de dia dos namorados... Você é tão legal comigo, me ajuda tanto... quis te dar um presente...
Agradeci o presente que por sinal eu adorei, mas na verdade eu não sabia se ficava feliz ou deprimida com a situação.
O fato é que “coisas estáveis” não nascem em árvores e arranjar um namorado de verdade nos dias de hoje está pela hora da morte. Aí as pessoas ainda me cobram, como se dependesse só de mim. “Ah, você precisa se apaixonar... blá, blá, blá...” Cara, ainda bem que eu não saio me apaixonando por cada boca que beijo, senão estaria frita e mal paga. Já aprendi a lidar com o fracasso amoroso, pronto. O importante é que todo o resto vai bem, então que se dane o amor. Já que eu nunca vou encontrar a metade da laranja, vou me divertindo com as outras metades, a do limão, a da tangerina, a do abacate e por aí vai. Faço logo uma salada de frutas com bastante groselha em cima.
Essa semana estive pensando nessa parada de “sorte no amor e azar no jogo" e descobri que faz todo o sentido. De fato sempre fui muito mais bem sucedida em todo o resto que não é o amor. Já passei por poucas e boas e provei ter um poder de superação incrível, minha vida não parou nem por um minuto. Fico vendo o que tem por aí, a quantidade de pessoas que, ao primeiro sinal de problemas, já desiste de tudo, deixa as coisas de lado... nunca fiz isso, ainda bem, apesar de já ter comido o pão que o diabo amassou com o rabo. Isso já prova como sou bem sucedida. Neste momento da minha vida não tem sido diferente. Estou desenvolvendo projetos muito importantes, está tudo dando certo, então acho difícil que encontre o amor. Para isso acontecer teria de fracassar em todo o resto e, sinceramente, não tô a fim. Deixa como está, é melhor assim. Além do mais, estive analisando e cheguei à conclusão de que as minhas melhores fases acadêmicas se deram quando eu estava solteira. Então viva a solteirice e que venham os peguetes descartáveis! É só inverter a ordem das prioridades e pronto, problema resolvido. E também já encontrei o homem da minha vida, ele é um amor, super companheiro, atencioso, me escuta, se preocupa comigo, tem bom gosto, é ótima companhia, só que ele é gay (não, não é o do perfume). E daí? É só complementar com os peguetes. Metade de um com metade de outro... tcharam! Um homem perfeito. Prontinho!Agora antes de ir, deixa eu contar a história do bofe que levou o troco ontem, só pra vocês não se roerem de curiosidade. Lembram do tranqueira que pensou que eu fosse pagar o cinema pra ele? Pois é. Já tinha até esquecido que ele existia, mas ele entrou no msn domingo passado e me chamou pra sair. Deixa eu reproduzir o diálogo pra ficar melhor:
Ele: Vamos marcar alguma coisa...
Eu: Vamos sim, quando?
Ele: Hoje. Pode deixar que eu pago, tá?
Eu: É claro que paga.
Ele: Então daqui a pouco eu te ligo.
Eu: Ok, vou dormir um pouquinho que eu acabei de almoçar mas pode me acordar.
Ele não ligou e eu acordei depois que já tinha anoitecido. Aí ontem eu estava aqui em casa deitada na cama vendo a novela das sete e o telefone tocou. Era ele de um número que eu não conhecia, porque se aparecesse o nome dele no meu display é claro que nem atenderia. Aí foi assim:
Ele: Oi, é o Fulano.
Eu: Oi, Fulano, tudo bem?
Ele: Seu telefone de casa está ocupado? (Olha só que abuso!)
Eu: Sim, eu estou na internet.
Ele: Vai fazer o que hoje?
Eu: Nada, está frio e chovendo. Não estou a fim de sair.
Ele: Tá me dando o fora? (Imagina!)
Eu: Nãããooo... Só estou dizendo que estou em casa porque está frio e chovendo.
Ele: Vamos sair. Chama umas amigas suas... estou com uns amigos aqui querendo sair...
Eu: Não, não... eu não tenho amigas por aqui não... moro aqui há pouco tempo. Minhas amigas moram longe.
Ele: Que pouco tempo? Te conheço há três meses... (Afe! O que é que ele tem com isso?)
Eu: Sim, mas eu não faço amizade com vizinho, sou anti-social.
Ele: Então valeu... depois eu te ligo...
Eu: Ok. Tchauzinho.
Essa foi pior do que ter compromisso. Tipo: não vou porque não estou a fim mesmo, prefiro ficar em casa... Gostaram, né. PLA pra esse babaca. Beijos e até a próxima.