... na beira da estrada, tá bichada ou tem marimbondo no pé!!!

domingo, 31 de agosto de 2008

Sorte no jogo...

Azar no amor. É, gente, já me conformei. Não nasci para ser feliz no amor e ponto final. Quando penso que as coisas estão melhorando... puf! Algo acontece e transforma o meu cosmos em um terrível caos de decepção. Essa semana levei três bolos: um no domingo, um na quarta e outro na sexta. O carinha do domingo disse que ia ligar e não ligou. Problema, eu não gosto dele e foi até bom que não atrapalhou meu soninho depois do almoço. Além do mais já dei o troco nele ontem à noite, mas depois eu conto essa história. Já o carinha dos outros dias... esse me deixou chateada. Além do mais, meteu a maior desculpa esfarrapada, disse que não poderia me ver porque o tempo estava nublado e moto não combina com chuva. Detalhe: aqui em casa estava o maior sol, só na casa dele foi que o tempo nublou. Além do mais, se estivesse chovendo de verdade nem eu iria querer sair de moto, mas uma nuvenzinha no céu não deveria ser motivo. Já sei, o cara não está a fim de mim. Pronto. Fazer o quê? O jeito é aprender a conviver com isso, o fracasso amoroso. Já estou chegando ao ponto de comparar, tantos são os exemplos. Nesse caso fiquei pensando no outro da feira. Coloquei na balança e cheguei à conclusão de que o “senhor não posso te ver hoje porque tenho de ir à feira” ganha de todas as desculpas esfarrapadas que já ouvi. E se eu viver cem anos não ouvirei coisa pior, tenho certeza. Só não entendo porque esses homens dizem que estão com saudades. Por favor, se tiver algum homem lendo isso deixe um comentário com a resposta, pois preciso entender. Porra, se não quer me ver, se não está a fim de mim, não me procure, não diga que está com saudades e não marque comigo. Simples assim.
Este ano, no dia dos namorados, um amigo me deu felicitações pelo Orkut. Foi aí que me dei conta de que já estou sozinha há um bom tempo e decidi trocar essa vida de farras por uma coisa estável, afinal de contas receber “feliz dia dos namorados” de um amigo que não está a fim de mim e nem eu dele foi no mínimo constrangedor. Mas pensando bem, pior mesmo foi quando eu ganhei um presente de dia dos namorados de um amigo gay. Eu nunca tinha recebido um presente de dia dos namorados na vida, aí do nada chegou esse amigo com uma sacola rosa toda cheia de fru-fru e disse:
- Vê se você gosta.
Abri e era um perfume delicioso:
- Hum... que delícia! É pra quem?
- Pra você.
- Pra mim? Obrigada! Mas porquê...? Nem é meu aniversário...
- Ah, você tem namorado?
- Não...
- Então, presente de dia dos namorados... Você é tão legal comigo, me ajuda tanto... quis te dar um presente...
Agradeci o presente que por sinal eu adorei, mas na verdade eu não sabia se ficava feliz ou deprimida com a situação.
O fato é que “coisas estáveis” não nascem em árvores e arranjar um namorado de verdade nos dias de hoje está pela hora da morte. Aí as pessoas ainda me cobram, como se dependesse só de mim. “Ah, você precisa se apaixonar... blá, blá, blá...” Cara, ainda bem que eu não saio me apaixonando por cada boca que beijo, senão estaria frita e mal paga. Já aprendi a lidar com o fracasso amoroso, pronto. O importante é que todo o resto vai bem, então que se dane o amor. Já que eu nunca vou encontrar a metade da laranja, vou me divertindo com as outras metades, a do limão, a da tangerina, a do abacate e por aí vai. Faço logo uma salada de frutas com bastante groselha em cima.
Essa semana estive pensando nessa parada de “sorte no amor e azar no jogo" e descobri que faz todo o sentido. De fato sempre fui muito mais bem sucedida em todo o resto que não é o amor. Já passei por poucas e boas e provei ter um poder de superação incrível, minha vida não parou nem por um minuto. Fico vendo o que tem por aí, a quantidade de pessoas que, ao primeiro sinal de problemas, já desiste de tudo, deixa as coisas de lado... nunca fiz isso, ainda bem, apesar de já ter comido o pão que o diabo amassou com o rabo. Isso já prova como sou bem sucedida. Neste momento da minha vida não tem sido diferente. Estou desenvolvendo projetos muito importantes, está tudo dando certo, então acho difícil que encontre o amor. Para isso acontecer teria de fracassar em todo o resto e, sinceramente, não tô a fim. Deixa como está, é melhor assim. Além do mais, estive analisando e cheguei à conclusão de que as minhas melhores fases acadêmicas se deram quando eu estava solteira. Então viva a solteirice e que venham os peguetes descartáveis! É só inverter a ordem das prioridades e pronto, problema resolvido. E também já encontrei o homem da minha vida, ele é um amor, super companheiro, atencioso, me escuta, se preocupa comigo, tem bom gosto, é ótima companhia, só que ele é gay (não, não é o do perfume). E daí? É só complementar com os peguetes. Metade de um com metade de outro... tcharam! Um homem perfeito. Prontinho!Agora antes de ir, deixa eu contar a história do bofe que levou o troco ontem, só pra vocês não se roerem de curiosidade. Lembram do tranqueira que pensou que eu fosse pagar o cinema pra ele? Pois é. Já tinha até esquecido que ele existia, mas ele entrou no msn domingo passado e me chamou pra sair. Deixa eu reproduzir o diálogo pra ficar melhor:
Ele: Vamos marcar alguma coisa...
Eu: Vamos sim, quando?
Ele: Hoje. Pode deixar que eu pago, tá?
Eu: É claro que paga.
Ele: Então daqui a pouco eu te ligo.
Eu: Ok, vou dormir um pouquinho que eu acabei de almoçar mas pode me acordar.
Ele não ligou e eu acordei depois que já tinha anoitecido. Aí ontem eu estava aqui em casa deitada na cama vendo a novela das sete e o telefone tocou. Era ele de um número que eu não conhecia, porque se aparecesse o nome dele no meu display é claro que nem atenderia. Aí foi assim:
Ele: Oi, é o Fulano.
Eu: Oi, Fulano, tudo bem?
Ele: Seu telefone de casa está ocupado? (Olha só que abuso!)
Eu: Sim, eu estou na internet.
Ele: Vai fazer o que hoje?
Eu: Nada, está frio e chovendo. Não estou a fim de sair.
Ele: Tá me dando o fora? (Imagina!)
Eu: Nãããooo... Só estou dizendo que estou em casa porque está frio e chovendo.
Ele: Vamos sair. Chama umas amigas suas... estou com uns amigos aqui querendo sair...
Eu: Não, não... eu não tenho amigas por aqui não... moro aqui há pouco tempo. Minhas amigas moram longe.
Ele: Que pouco tempo? Te conheço há três meses... (Afe! O que é que ele tem com isso?)
Eu: Sim, mas eu não faço amizade com vizinho, sou anti-social.
Ele: Então valeu... depois eu te ligo...
Eu: Ok. Tchauzinho.
Essa foi pior do que ter compromisso. Tipo: não vou porque não estou a fim mesmo, prefiro ficar em casa... Gostaram, né. PLA pra esse babaca. Beijos e até a próxima.

domingo, 24 de agosto de 2008

Arrasa na hipocrisia...

Ontem foi aniversário de uma tia minha e rolou uma festinha. Na verdade nem sei se o niver dela foi ontem mesmo, só sei que a festa foi ontem e eu estava lá. Aí, sabe como é, né... tem sempre um babaca pra falar uma merda qualquer e te irritar. Fico impressionada com a cara-de-pau de algumas pessoas, e não falo das pessoas que dizem o que pensam não, falo é dos hipócritas mesmo. Na verdade gosto de gente que fala o que pensa, me sinto melhor do lado de gente assim do que do lado de gente que se esconde e depois faz fofoquinha por trás. Aí quando você vê, já virou assunto da língua venenosa dos outros e nem sabe. Ou pior: todo mundo te odeia e não fala, aí você fica crente, crente que está por cima da carne-seca e não está. Vira motivo de chacota sem perceber. Odeio isso. Prefiro que chegue logo na minha cara e diga: “não gosto de você, sai daqui”. Pronto, simples como a água. E nem fico com raiva, não gosta, não gosta. Paciência. Ontem na festa um tio meu veio com um papo-caô pra cima da gente. Na verdade, ele é o rei do papo-caô. Adora pagar do que não é e está sempre se fazendo de foda. Gosto dele, mas que o cara é um fazido, ah isso é. O caso é que na família, um quer a caveira do outro. Eu mesma não falo com mais da metade e tem gente que, se vir na rua, nem reconheço. Se reconhecer finjo que não vi. Aí me vem esse tio e diz um monte de coisas sobre a importância que a família tem pra ele e blá, blá, blá... Que a família é a coisa mais importante pra ele e tal. Até parece. O cara fica falando da importância de pai e mãe e me critica porque eu não me dou com a minha mãe (todo mundo sabe disso), só que eu não vejo a prática desse discurso no dia-a-dia dele. E pior: ele tem uma filha e um neto e não está nem aí pra nenhum dos dois. A garota cresceu sem a presença tãããão importante do pai e sentia falta disso que eu lembro. Éramos crianças e ela falava disso, que não tinha pai, que ele não ligava pra ela. E ainda tem mais: ele era casado com uma mulher que tinha uma filha, dava de tudo pra filha da mulher, a garota dizia por aí que ele era pai dela e, para filha dele mesmo, ele cagava e andava. E agora vem com essa de “importância da família”? Ah, vai à merda! Se eu fosse filha dele processaria por abandono. Aí ontem na festa ele veio com esse texto pra cima de mim. Mandei logo um “foda-se” muito bem mandado e disse que ele não tinha o direito de me julgar, pois não está na minha pele e não sabe da minha vida. Pronto, belo cala-a-boca. Tem gente que não se manca. A pessoa tá na merda, não consegue nem cuidar da própria vida, mas quer se meter na vida dos outros. Vê se pode: o cara não tá nem aí pra a filha e pro neto e quer se meter nas relações de parentesco dos outros. As pessoas têm é que olhar para o próprio rabo primeiro, isso sim. É muito fácil falar quando se está de fora, quero ver sentir na pele. Tá cheio de gente assim por aí. É gente fodida querendo mandar na boa vida alheia, é gente mal-amada querendo mandar no coração dos outros, é gente com fé que vive na merda mas se acha no direito de falar de quem não acredita em nada mas está super bem assim, é gente desempregada querendo dar palpite na carreira de quem tem uma carreira. Pelo menos eu tenho, e você que pra ser pobre ainda tem que melhorar muito? Ah, eu hein! Tô de saco cheio disso. Tem muita gente invejosa por aí, foi por isso que decidi não abrir minha vida pra mais ninguém. Não quero me aborrecer e muito menos quero que o olho-gordo de certas pessoas seque minha pimenteira. Em vez de sugar os outros, essas pessoas deveriam canalizar essa energia para um outro lado e melhorar a própria vida, assim não teriam motivo para inveja e todo mundo seria feliz. Bem, é isso. Beijos e até a próxima.

domingo, 17 de agosto de 2008

Os bafos e os bofes

Esses dias estava conversando com um amigo gay que já não via fazia tempo. Ele estava me contando sobre o namorado novo dele, um cara rico, bonito, que leva café na cama, prepara jantares e mora perto da praia. Fiquei pensando: “Ninguém é perfeito mesmo... se fosse hetero, seria um grosso, ou seria pobre, ou seria feio... ou pior, seria tudo de bom mas teria uma namoradinha fútil e sem noção que, para piorar todo o diagnóstico, NÃO SERIA EU!” Depois meu pensamento rumou para o fato de que, para o meu amigo, ele é perfeito e pronto. Confesso que fiquei até com uma invejinha branca do miguxo... Tem gente que nasce com a bunda virada pra lua mesmo, mas no caso dele eu diria que nasceu com a lua dentro da bunda, pois a sorte veio em grande quantidade. No meu caso, se houver alguma lua, deve ser uma luazinha minguante, muito da safada, há quilômetros de distância... mas deixa pra lá, a vida é assim e não se pode ter tudo. Além do mais, o mundo está cheio de gente sem noção, o que contribui mais ainda com essa maré que não está para peixes. Outro dia desses saí com um carinha que me convidou primeiro, pediu meu telefone primeiro, ligou primeiro, era pisciano, romântico... mas era pobre. E pior: marcou comigo, me ajudou a decidir o filme que veríamos, me fez ver na internet onde estava passando o tal filme, o horário do filme, veio me buscar, mas quando eu entrei no carro ele mandou o seguinte texto: “Mudança de planos. A gente não vai poder ir ao cinema porque eu estou com problemas financeiros... blá, blá, blá...” E contou uma história triste. Heloooooowwwww!!!!!!! Será que ele achou que eu pagaria o cinema e a pipoca pra ele? Eu hein! Nem morta! Fomos apenas dar uma volta na praia. Ficar bonita já me custa muito caro. Cuidar dos cabelos custa caro, maquiagem custa caro, depilação custa caro, boas roupas custam caro, sapatos e bolsas combinando custam caro. Está aí a minha cota de gastos. Pronto. A conta é por conta deles. Prefiro andar de ônibus com alguém que pague a conta do que com um fudido de carro. Dividir é coisa pra namoro, depois de um tempo, quando as pessoas entram nesse tipo de acordo. Isso aí é queimação de filme total. Aliás, nem pra dividir ele tinha. Dei um bafo nesse bofe e parti pra outra. A fila corre.
Outra figura mega sem noção foi um outro que eu já conheço há quase um ano. O cara pensa que mora sozinho, diz que os pais moram em Petrópolis, mas na verdade eles só passam um fim de semana por mês lá. Abafa. Aí fica na maior palhaçada pela internet e até me liga muuuuuito de vez em quando. Diz que quer me ver, mas fica só escorregando. Teve uma vez que inventou de sair comigo em pleno Natal. Recusei por razões óbvias e ele nem se preocupou em marcar um outro dia. Foda-se ele, enquanto isso eu monto um time de futebol. Aí um dia desses eu entro no msn e lá está ele, online. Nem liguei. Daqui a pouco ele mandou assim:

- Tenho uma boa notícia pra você. Vou ficar sozinho em casa até terça-feira, sozinho, abandonado... tadinho...
- É mesmo?
- Sim. Vou dar uma saidinha rápida, vou à casa do meu compadre, mas daqui a pouco eu volto. Aí eu te chamo por aqui, tá bom?
- Tudo bem.

Sacaram a pretensão? “Boa notícia pra você”... É bem o tipo da "boa notícia" que não faz a menor diferença. Bloqueei ele e continuei na net. Até parece que eu iria abrir mão da "maravilhosa" confraternização de domingo em família e da muqueca do papai por causa dele. Logo depois ele voltou e eu estava offline. Você me ligou? Nãããããooo, você não me ligou. No fim do dia deletei o msn dele da minha lista pra sempre, forevermente. Dei um bafo no abusado-sem-noção.
Pensa que acabou? Não, tem mais. Sim, minha vida é muito movimentada. No Ano-novo tomei um banho de chá de erva-doce porque me disseram que era bom pra atrair dinheiro e amor. Até comprei uma calcinha nova e lavei com o tal chá. Aí, na primeira vez que saí de casa esse ano, em janeiro, conheci uma pessoa, até bem interessante. Aparentemente. O cara me viu pasando na rua, entrou no mesmo ônibus que eu, puxou assunto, pediu meu telefone, msn, Orkut e perguntou se poderia me ligar mais tarde. Eu disse que sim. O caso é que o bofe estava de mudança para um outro estado bem longe, mas queria sair comigo antes da mudança e ainda fez questão de manter contato, para a gente se ver quando ele viesse de férias. Beleza. Ele foi e ficamos falando pela net, ele dizia que estava com saudades, que queria me ver quando viesse e blá, blá, blá... Aí, do nada ele arrumou um feriadão lá e veio pra cá passar uma semana. Chegou na sexta a noite. Você me ligou? Nããããooo, você não me ligou. Aí no domingo à noite ele entrou no msn e disse que estava aqui! Já não gostei do descaso, mas tudo bem, homem tá custoso e a gente releva. Aí perguntei se podia me arrumar pra gente se ver, ele disse que estava ocupado conversando com a irmã. Detalhe: a irmã mora com ele, eles estavam conversando desde sexta a noite. ¬¬ Ok, respira fundo e conta até dez. Eu sei é que a gente só foi se ver lá pelo meio da semana. Aí ele queria os “finalmentes”, mas não tinha clima pois a gente não se via há meses. Tô achando que a gente ia conversar, ele me contaria as novidades de lá do outro estado..., ou seja, criar o clima que não tinha, né. Aí sim, quem sabe... Que nada! Depois do meu “não” ele levantou, comeu, escovou os dentes, trocou de roupa e falou: “Vamos que eu tenho de ir lá na cidade comprar uma coisa.” PUTA QUE O PARIU! Isso já é falta de educação e de respeito com o ser humano! Nem eu que sou a grosseria em pessoa faria uma coisa dessas! Foda-se ele também. Fiquei puta mas superei. Como nessa época ainda não tinha atingido o nível de amor próprio atual, relevei mais uma vez e me dispus a vê-lo novamente. Aí no outro dia ele disse que não poderia me ver não porque estava sem tempo, pois tinha de ir à feira e ao mercado. Ah, vai pro caralho! Agora me diz: pra que aquela palhaçada toda da internet? Só pra sexo arruma qualquer puta de calçadão e pronto. Eu não! Dei um bafo nesse otário, saí no sábado seguinte e arrumei um outro melhor. Deixa eu explicar: ambos militares, mas o da feira era de uma patente beeeeemmm menor... hehehe... Peguei um outro superior... kkkkkk!!! Na vida a gente precisa evoluir sempre. Depois disso ele tentou puxar assunto comigo mas eu ignorei. Pronto. Depois, como também não sou flor que se cheire, ele já tinha voltado lá pra cidadezinha do interiorzão onde está morando agora, e eu mandei assim:

- Oi, tudo bem?
- Tudo bem, e você?
- Bem. Amanhã é domingo, vai à feira? Domingo é dia de feira...
- Ah, não... aqui não tem feira não...
- Aaaaahhhh, tááááá... agora entendi... você estava com saudade da feira...

E depois disso ignorei pra sempre. Vai ver ele é veado e não sabe. Hoje não estou num bom dia. É domingo e eu gostaria de me abraçar em alguém especial, andar de mãos dadas, quem sabe ir à praia... tá o maior sol. Em vez disso estou aqui em casa e está rolando mais uma reunião chatíssima promovida pelo meu pai. Dessa vez não fiz sobremesa, não estava a fim. Além do mais estou muito gorda. Nada de doces. Afe! Fazer o quê? O jeito é esperar a deprê passar e pronto, porque homem não está dando em árvore. Agora deixa eu ir antes que essas visitas chatas comam todo o camarão e não sobre pra mim. Camarão na brasa é light. Bem, por hoje é só. Beijo e até próxima.

domingo, 10 de agosto de 2008

Dia dos Pais

Dia dos pais é dia de comemorar com a família, comprar presente pro paizão, sair pra almoçar fora... enfrentar engarrafamento, fila de restaurante, se contentar com o serviço ruim, aturar a pobretada que chega de manhã e vai até o fim da tarde no rodízio, que é pra encher beeeem o bucho, sem contar aquele monte de criancinhas chatérrimas que gritam e choram o tempo todo. Sinceramente, crianças não deveriam sair de casa nunca. Deveria existir uma lei que proibisse os pestinhas. Seria assim: de manhã passaria um ônibus que os levaria em segurança para a escola, garantindo que não tivessem nenhum tipo de contato social. Depois esse ônibus os levaria em segurança para casa, e só freqüentariam a sociedade depois que virassem gente, ou seja, depois dos dezoito anos. Assim somente os pais, que são os culpados de sua existência, aturariam o choro e todo o resto.
Além de tudo isso, ainda tem o risco do presente. Ano passado eu comprei um presente pro meu pai, uma coisa que sabia que ele estava precisando. Aí cheguei à casa toda feliz, escondi o presente e tal. Quando ele chegou de noite, não é que tinha comprado a mesma coisa?! “Ah, me dei de presente...” PQP!!! Fui eu me virar em outra coisa... que saco! Este ano tratei de me prevenir: logo que decidi o presente que ia dar falei pra ele não comprar nada. Deu certo, agora ele tem de ficar sem comprar nada até o aniversário dele mês que vem, que é pra não estragar minha idéia.
Bom mesmo é ficar em casa nessas datas comemorativas. Fazer um churrasquinho no sossego do lar... umas sobremesas gostosas... Mas como nada é perfeito... tem de aturar as visitas. Um bando de cachorros-magros, que comem e vão embora. Assim é mole. A gente faz compras no mercado, limpa a casa, acorda cedo, vai pra cozinha, e eles vêm só pra comer, o único trabalho que tiveram foi o de tomar banho e se arrumar. O problema é que meu pai gosta de receber as pessoas, já eu não. Detesto receber visitas e quem me conhece sabe disso. É por isso que ninguém me visita... hehehe... Visitas pra mim é sinônimo de trabalheira por nada. Minha semana já é suficientemente corrida e não tô a fim de gastar meu fim de semana tendo trabalho pra agradar os outros, afinal não são nem meus amigos. Bom mesmo é passar sábado e domingo de pernas pro ar, fazendo nada. No máximo saio pra me divertir. Ainda bem que Dia dos Pais é só uma vez por ano! Assim como Natal e Ano-novo que, por mim, deixariam de existir amanhã. É sempre o mesmo esquema: a gente trabalha e eles comem. To fora disso. Agora que já acordei cedo, fiz musse de abacaxi com nozes e pavê de maracujá com cookies de chocolate, vou ficar aqui na minha só esperando a comida, pois minha parte já está feita. E as visitas que não são minhas é que fiquem pra lá, enquanto estou no sossego do meu “quarto-castelo” onde ninguém entra. Se entrar, morre. Bem é isso. Beijo, e só me ligue se for realmente necessário.

domingo, 3 de agosto de 2008

Tem gente que é e tem gente que pensa que é...

Oi, gente. Lembram da vizinha punheteira? Pois é, não bastasse isso agora tem uma outra que pensa que é evangélica. Imaginem a cena: a maluca liga o rádio berrando música de igreja, enche a cara de cerveja e sai com o copo na mão gritando pro Senhor mandar fogo. Tomara que mande mesmo, que pegue fogo na casa dela pra eu rir bastante! Isso sem contar os palavrões que ela grita, os quais não posso reproduzir porque sou uma dama e não ficaria nem bem. Enquanto a maluca pensa que é crente sem ser, a outra é puta de verdade, por mais que não queira admitir. A vida não é engraçada? Uns querem ser (ou parecer) mas não conseguem, enquanto outros já têm um talento nato para a coisa mas tentam disfarçar... vá entender.
A verdade é que a vizinhança aqui vai de mal a pior. Quando não é a maluca-metida-a-protestante nem a puta, são os fofoqueiros, os invejosos, os mal-educados... Outro dia o filho do vizinho quebrou minha antena de TV com uma pipa. Vê se pode: os pais e avós da criança não querem que ele brinque em frente à própria casa para não fazer barulho no ouvido deles. Aí mandam o pentelho brincar em frente à casa dos outros e eu, que não tenho filhos e nem gosto de crianças, tenho de aturar esse tipo de coisa. Não preciso nem dizer que fui lá na casa dele com o pedaço da antena na mão...
Legal mesmo é a irmã do pentelho, uma menininha de apenas quatro anos. Um dia desses ela saiu lá da casa dela e veio jogar bola em frente à minha casa. O engraçado é que os pais e avós dessa criancinha adorável reclamam horrores das bolas que as outras crianças, que não são deles, jogam. É que pimenta nos olhos dos outros... Aí a vizinha de baixo abriu a janela e reclamou. Saca só o diálogo:
- Ô lindinha, não joga bola aqui não, joga lá em frente à sua casa, tá?
- Por que, tia? Por que você não gosta da bola?
- Porque bate na parede, faz barulho, se bater na janela pode quebrar um vidro...
- Hum! Pior é a casa da tia Fulana! Um nojo, tudo quebrado... a casa mais feia da vila! Bom mesmo se batesse uma bola na casa dela e quebrasse logo tudo, quem sabe assim ela toma vergonha na cara e faz uma obra nisso aí...
É mole? Imagina o que essa menina escuta em casa...
Afe! Eu é de saco cheio disso aqui. Sou boa demais pra morar nesse lugar. Meu salto alto do glamour é Puro Luxo Original e não serve para caminhar nesse solo de quinta. Não agüento mais essa gente favelada gritando, destruindo minha antena de TV, tomando conta da minha vida... assim vou lançar meu próprio "Movimento Chega": chega de tudo isso! Ontem estava doente de cama e nem sossego para descansar eu tive, cruz credo! Agora estou aqui arrasando na água tônica e no chá de boldo pra ver se meu estômago se recupera. É foda!
Antes de encerrar, deixa só eu contar do vizinho aqui do lado. Um dia eu saí da facul às seis da tarde e liguei para a vizinha de baixo que é minha amiga e disse: " saindo agora, vou dar uma passadinha aí na sua casa, me espera." E ela: "Ah, tá, esperando, mas deixa eu desligar que o Fulano está aqui na janela conversando."
Ok.
Depois disso, ainda fiquei até sete e meia da noite procurando um amigo que ficou de pegar uma matéria comigo. Quando o amigo chegou ainda parou para conversar. Daí chegou mais gente e eu fiquei conversando mais. Quando desci pra vir embora, passaram três ônibus que não pararam. Tá, tudo bem... respira... Quando peguei o quarto ônibus, ainda enfrentei um puta engarrafamento na Vinte e Quatro de Maio. Tudo bem... respira... Depois dessa verdadeira odisséia vocês acreditam que, quando cheguei à casa, o Fulano ainda estava na janela conversando? Pode falar, o cara é um desocupado, isso sim. PLA pra ele! Mandei-o embora, é claro: "Pode ir embora que você já está aqui há muito tempo e eu já cheguei... tem nada pra fazer não?" Eu hein...