Olá, leitores. Vou começar o post de hoje pedindo desculpas pela falta da semana passada. Sei que os manuais de redação contemporâneos condenam os pedidos de desculpas nos textos, mas que se dane, isso aqui não é uma monografia. Semana passada eu tive de ir votar, e como a minha zona eleitoral é muuuito longe, não deu tempo de produzir nada. Eu sei que deveria ter feito o texto antes, mas eu não sou uma pessoa disciplinada, então esse tipo de providência não combina comigo. Sou do tipo que senta, escreve e posta, tudo em um espaço temporal máximo de duas ou três horas, pois divido minha atenção com o texto, o msn, o Orkut e o e-mail. Se eu não postar nada no dia do segundo turno das eleições, vocês já sabem o porquê. Além de ser longe, o trânsito vai engarrafado da porta da minha casa até lá. Parece que todo mundo resolve dirigir no dia das eleições, reparem só. A quantidade de gente fazendo merda no trânsito aumenta consideravelmente, e também aumenta a quantidade de pessoas almoçando nos restaurantes. Até parece que se trata de um grande evento (e até seria se tivéssemos políticos pelo menos descentes para votar). O dia das eleições é um excelente laboratório para um estudo do comportamento dos suburbanos que pensam como suburbanos. Mas deixa isso pra lá, pois o assunto de hoje não é esse.
Hoje abri meu e-mail e encontrei uma mensagem muito interessante (leia-se bizarra). Era um e-mail da Editora Globo me convidando para um seminário de nível nacional sobre qualidade de vida. Só que o tema “qualidade de vida” pode significar muitas coisas e, nesse caso, significa “relações amorosas”. Parece que esse tema me persegue, mas o fato é que, depois das minhas últimas aventuras, eu já estou farta dele. Que se danem os romances, não estou a fim e pronto. Já deu, esgotou. O seminário é de um dia, com inscrições gratuitas, mas pelo o que eu entendi, é em São Paulo e as despesas de viagem e hospedagem correm por conta do participante. Agora me diz: quem é maluco de viajar pra São Paulo, pagar passagem de avião, pra passar um dia ouvido debates sobre relações amorosas? Tudo bem que tem uma porrada de lanchinho, café e almoço de graça, mas não compensa. Por aí a gente já percebe que o público será basicamente de jornalistas feministas de São Paulo mesmo que escrevem sobre o assunto em algumas revistas e mais uma meia dúzia de desocupadas que querem almoçar de graça, se sentindo “as chiques”. Agora que já falamos do quesito “condições do evento”, vamos ao quesito “conteúdo”.
O dia será composto por três temas. O primeiro deles é o seguinte: Os meus, os teus e os nossos – a família contemporânea, conflitos e dilemas; o segundo é assim: geração millenium – novas composições amorosas, amores instantâneos, internet e o amor e o terceiro: Auto-estima – a medida de gostar de si, extremos e exageros. Bem, o primeiro trata das famílias compostas por filhos de vários casamentos e outras combinações moderninhas, é até interessantezinho, mas não o suficiente pra me fazer pegar a ponte aérea. O segundo fala das relações amorosas moderninhas, que também não são novidades para ninguém, nem pro meu pai que tem cinqüenta e um anos e já namorou bastante pela internet. Até os gays estão assumindo numa boa suas “novas composições amorosas” e são felizes assim. Ontem mesmo eu estava conversando com um amigo gay e ele falou uma coisa certíssima: daqui um tempo os gays vão tomar conta do mundo de tal forma que vai haver preconceito contra os heterossexuais. E vai mesmo. Outro dia eu estava assistindo ao programa da Oprah Winfrey e vi duas histórias que me deixaram de queixo caído. Dois caras casados, pais de famílias, com filhos e tudo que depois de anos de casamento resolveram mudar de sexo. E detalhe: continuaram suas vidas normalmente com suas mulheres e filhos, que aceitaram tudo e assumiram a nova condição do pai de família. E eu que pensava que tinha a mente aberta... Abafa! E quanto aos amores instantâneos, é só assistir ao TV Fama ou ler a revista Caras que não se fala de outra coisa. As celebridades estão aí para comprovar, e não venha me dizer que são elas que estimulam e incentivam esse tipo de prática porque isso não é verdade. Elas são tão de carne e osso quanto nós e vivem na mesma sociedade que a gente, a diferença é que fazem parte de uma fatia que aparece na mídia. Quem sou eu? Uma anônima, então se eu tenho meus amores instantâneos ninguém fica sabendo, mas se a Débora Seco tem os dela todas as revistas de fofoca publicam e aí parece que ela é a única e tal. Palhaçada! Sou da opinião de que a arte imita a vida e não o contrário. Além do mais, os casinhos instantâneos sempre existiram, mas antigamente ninguém divulgava porque havia um compromisso babaca com o politicamente correto. Hoje todo mundo faz o que quer e pronto, é que nem os gays que casavam e tinham filhos só pra manter as aparências. Hoje todo mundo se assume e é feliz. A gente sabe que um casinho instantâneo não supre a necessidade que o ser humano tem do companheirismo e do amor verdadeiro, mas também não se acha o amor verdadeiro dando sopa na primeira esquina. E acredito que o amor “fast food” é uma tentativa de encontrar o amor duradouro que sempre se frustra. O importante é não desistir, continuar acreditando que é possível e tal, se não a gente esfria por dentro, congela.
Quanto ao terceiro tema, o da auto-estima, será que existe um limite para gostar de si mesmo? Eu acho que não. Quanto mais gostarmos de nós mesmos, melhor. O que não pode é confundir as coisas. Tem gente que pensa que gosta tanto de si mesmo que não precisa de mais ninguém, nem de amigos. Aí já não é amor próprio, é justamente o contrário. Essa pessoa não se ama, pensa que se ama. A pessoa que se ama tem amigos e quer estar perto deles. A pessoa que se ama sabe canalizar suas energias (até mesmo as energias negativas, como a raiva e a inveja) de forma positiva, transforma as situações ruins em favoráveis, porque sabe viver um dia de cada vez, sabe conquistar o que é importante para si sem ficar reclamando nem se colocar no lugar da vítima. Auto-estima não tem nada a ver com “se mandar flores”, “se amar e ser correspondido” e outras bobagens que ouço por aí. As pessoas tratam a gente como a gente se trata. Se você se ama, com certeza será amado pelos outros. Se você acredita em si mesmo, com certeza os outros acreditarão em você. E por aí vai. Quanto às convenções, que se danem. O importante é ser feliz, não importa se você é gay ou heterossexual, se tem uma família de comercial de margarina ou é mãe solteira. A felicidade está dentro da gente e discutir temas que procuram definir o que é certo ou errado é a maior besteira. Por hoje é só. Beijos e uma boa semana para todos.
P.S.: Repararam que agora temos uma rádio no blog? Funciona assim: eu escolho um artista e a rádio toca as músicas desse artista e de outros parecidos. Coloquei Marisa Monte, mas aceito sugestões.
Hoje abri meu e-mail e encontrei uma mensagem muito interessante (leia-se bizarra). Era um e-mail da Editora Globo me convidando para um seminário de nível nacional sobre qualidade de vida. Só que o tema “qualidade de vida” pode significar muitas coisas e, nesse caso, significa “relações amorosas”. Parece que esse tema me persegue, mas o fato é que, depois das minhas últimas aventuras, eu já estou farta dele. Que se danem os romances, não estou a fim e pronto. Já deu, esgotou. O seminário é de um dia, com inscrições gratuitas, mas pelo o que eu entendi, é em São Paulo e as despesas de viagem e hospedagem correm por conta do participante. Agora me diz: quem é maluco de viajar pra São Paulo, pagar passagem de avião, pra passar um dia ouvido debates sobre relações amorosas? Tudo bem que tem uma porrada de lanchinho, café e almoço de graça, mas não compensa. Por aí a gente já percebe que o público será basicamente de jornalistas feministas de São Paulo mesmo que escrevem sobre o assunto em algumas revistas e mais uma meia dúzia de desocupadas que querem almoçar de graça, se sentindo “as chiques”. Agora que já falamos do quesito “condições do evento”, vamos ao quesito “conteúdo”.
O dia será composto por três temas. O primeiro deles é o seguinte: Os meus, os teus e os nossos – a família contemporânea, conflitos e dilemas; o segundo é assim: geração millenium – novas composições amorosas, amores instantâneos, internet e o amor e o terceiro: Auto-estima – a medida de gostar de si, extremos e exageros. Bem, o primeiro trata das famílias compostas por filhos de vários casamentos e outras combinações moderninhas, é até interessantezinho, mas não o suficiente pra me fazer pegar a ponte aérea. O segundo fala das relações amorosas moderninhas, que também não são novidades para ninguém, nem pro meu pai que tem cinqüenta e um anos e já namorou bastante pela internet. Até os gays estão assumindo numa boa suas “novas composições amorosas” e são felizes assim. Ontem mesmo eu estava conversando com um amigo gay e ele falou uma coisa certíssima: daqui um tempo os gays vão tomar conta do mundo de tal forma que vai haver preconceito contra os heterossexuais. E vai mesmo. Outro dia eu estava assistindo ao programa da Oprah Winfrey e vi duas histórias que me deixaram de queixo caído. Dois caras casados, pais de famílias, com filhos e tudo que depois de anos de casamento resolveram mudar de sexo. E detalhe: continuaram suas vidas normalmente com suas mulheres e filhos, que aceitaram tudo e assumiram a nova condição do pai de família. E eu que pensava que tinha a mente aberta... Abafa! E quanto aos amores instantâneos, é só assistir ao TV Fama ou ler a revista Caras que não se fala de outra coisa. As celebridades estão aí para comprovar, e não venha me dizer que são elas que estimulam e incentivam esse tipo de prática porque isso não é verdade. Elas são tão de carne e osso quanto nós e vivem na mesma sociedade que a gente, a diferença é que fazem parte de uma fatia que aparece na mídia. Quem sou eu? Uma anônima, então se eu tenho meus amores instantâneos ninguém fica sabendo, mas se a Débora Seco tem os dela todas as revistas de fofoca publicam e aí parece que ela é a única e tal. Palhaçada! Sou da opinião de que a arte imita a vida e não o contrário. Além do mais, os casinhos instantâneos sempre existiram, mas antigamente ninguém divulgava porque havia um compromisso babaca com o politicamente correto. Hoje todo mundo faz o que quer e pronto, é que nem os gays que casavam e tinham filhos só pra manter as aparências. Hoje todo mundo se assume e é feliz. A gente sabe que um casinho instantâneo não supre a necessidade que o ser humano tem do companheirismo e do amor verdadeiro, mas também não se acha o amor verdadeiro dando sopa na primeira esquina. E acredito que o amor “fast food” é uma tentativa de encontrar o amor duradouro que sempre se frustra. O importante é não desistir, continuar acreditando que é possível e tal, se não a gente esfria por dentro, congela.
Quanto ao terceiro tema, o da auto-estima, será que existe um limite para gostar de si mesmo? Eu acho que não. Quanto mais gostarmos de nós mesmos, melhor. O que não pode é confundir as coisas. Tem gente que pensa que gosta tanto de si mesmo que não precisa de mais ninguém, nem de amigos. Aí já não é amor próprio, é justamente o contrário. Essa pessoa não se ama, pensa que se ama. A pessoa que se ama tem amigos e quer estar perto deles. A pessoa que se ama sabe canalizar suas energias (até mesmo as energias negativas, como a raiva e a inveja) de forma positiva, transforma as situações ruins em favoráveis, porque sabe viver um dia de cada vez, sabe conquistar o que é importante para si sem ficar reclamando nem se colocar no lugar da vítima. Auto-estima não tem nada a ver com “se mandar flores”, “se amar e ser correspondido” e outras bobagens que ouço por aí. As pessoas tratam a gente como a gente se trata. Se você se ama, com certeza será amado pelos outros. Se você acredita em si mesmo, com certeza os outros acreditarão em você. E por aí vai. Quanto às convenções, que se danem. O importante é ser feliz, não importa se você é gay ou heterossexual, se tem uma família de comercial de margarina ou é mãe solteira. A felicidade está dentro da gente e discutir temas que procuram definir o que é certo ou errado é a maior besteira. Por hoje é só. Beijos e uma boa semana para todos.
P.S.: Repararam que agora temos uma rádio no blog? Funciona assim: eu escolho um artista e a rádio toca as músicas desse artista e de outros parecidos. Coloquei Marisa Monte, mas aceito sugestões.
2 comentários:
Curti o post...^^....a única coisa que não curti é a falta do que fazer desse povinho q faz reunião pra discutir relações amorosas...afe.....vão lavar uma louça, varrer a casa, depilar o buço...sei lá.....tente...invente...mas não.....ficar discutindo o q?...Isso já está mais que resolvido! Até parece que isso vai mudar alguma coisa no mundo, até parece que as relações sociais vão mudar....vai juntar um bando de mulheres frustradas (alguns poucos homens, pq homem "cabra macho" não vai querer ir lá,né?...rs") pra discutir...."ai...pq o amor é assim?....pq papai não ama mamãe?....e assim vai.....rsrsrs
sinceramente, o povo anda muito no ócio.....já q eles estão nesse ócio, vou pedir pra eles terminarem as minhas tarefas atrasadas......rs
Amor é uma grande ilusão...paixonite é pior ainda, não sei que coisa boa tem num sentimento tão enganador.....eca...argh....
Tô azeda mesmo! num ferra!.....rs
Poi zé............
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