... na beira da estrada, tá bichada ou tem marimbondo no pé!!!

domingo, 21 de junho de 2009

Ver do que eu me livrei... não tem preço.

Olá, pessoas! Esses dias tive uma lição de vida e tanto. Eu sempre fui dramática, sempre tive auto-piedade e sempre reclamei da minha falta de sorte no amor. Toda vez que dava alguma coisa errada eu fazia o maior drama e reclamava horrores. Até passar e o próximo drama acontecer. Era um ciclo. Como eu sou pisciana, vamos duplicar o drama e a volubilidade. O tempo passou, eu continuei azarada, até que resolvi deixar isso pra lá. “Não dá pra amar e ser feliz ao mesmo tempo”, já dizia Nelson Rodrigues. Fazer o quê... Mas aí aconteceu uma coisa esses dias que me fez repensar tudo isso.


Quando eu era mais nova e ainda tinha fé, eu frequentava a igreja. Quem vai à igreja sabe que arrumar namorado lá é impossível, porque sempre que chega um homem solteiro a mulherada cai em cima que nem formiga em cima do açúcar e, somando isso à natural cafajestagem masculina, as chances de alguém ser feliz no amor são praticamente nulas. Além disso, tem o problema do jugo desigual. Crente só pode namorar crente. Senão é pecado e contra a vontade de Deus. Blá, blá, blá... Desse jeito, a única coisa que eu consegui na igreja foi me frustrar cada vez mais, porque o mercado era muito mais competitivo do que na vida real e porque eu não tinha o menor jogo de cintura. Assim eu desperdicei os melhores anos da minha vida e aprendi que religião é a maior palhaçada.


Naquela época, tinha um bofinho lá na igreja que ficou a fim de mim. Pediu meu telefone, me ligou e me chamou pra sair. Mas eu era burra e acabei dispensando o cara totalmente sem querer, e depois não soube como consertar a situação. Conclusão: ele arrumou uma outra namorada lá mas continuou olhando pra mim até que desapareceu completamente e eu segui me lamentando da minha falta de sorte. Daí eu me mudei, segui meu rumo, e continuei me lamentando. Até um dia desses quando, no trabalho, dei de cara com o bofe.


A escola em que trabalho entrou em obra porque agora o Governo do Estado está instalando ar-condicionado nas salas. Pelo o que eu entendi, tem uma empresa terceirizada cuidando disso, e o tal bofe trabalha nessa empresa. Foi aí que veio a epifania: ele é pião. Écati. Eu estava indo embora com um colega meu e dei de cara com ele, mas não reconheci logo. Aí ainda pensei, falei com ele... e lembrei. Mas como o colega tava junto e a gente tava com pressa, deixei pra lá. Nem sei se ele lembrou de mim, e também não quis saber. Fui embora e pronto. Depois nem encontrei mais.


O fato é que ele não evoluiu. Imagina se eu tivesse ficado com ele e o relacionamento vingasse. Onde será que eu estaria enterrada agora? E todos os meus anos de graduação? Eu hein, dei graças a todos os deuses do Olimpo pela falta de sorte que, na verdade, foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. Depois disso comecei a pensar em todas as outras situações e me dei conta de que todas as minhas desilusões foram bem-vindas. Por três motivos: um é que todos os caras que eu perdi na vida não evoluíram, continuam enterrados em suas vidinhas medíocres, enquanto eu mudei bastante e segui em frente, enquanto poderia ter tido o mesmo fim. O outro é que tive um bom crescimento pessoal, o que não me matou me fortaleceu. E o último é o que eu sempre digo: é muito bom crescer sozinha, porque você sabe que o mérito é só seu, e isso é infinitamente mais gratificante do que precisar sempre de alguém pra de empurrar. Fiz até uma lista dos fracassados:


Meu primeiro namorado está até hoje enfiado na casa dos pais. Era militar, mas da última vez que eu tive notícias ele estava para pedir baixa porque é um fracassado que não consegue terminar nada na vida e não se adaptou à carreira com a qual ele havia sonhado tanto. Já começou umas três faculdades e não terminou nenhuma, enquanto eu já tenho até orientadora pro mestrado. Vai acabar igual ao pai dele, sustentado pela mulher.

Meu segundo namorado é outro fracassado que só sabe reclamar da vida e se lamentar porque me perdeu. É uma criatura depressiva que não consegue se ajudar e nunca conquistou nada na vida. Mora no mesmo lugar desde que nasceu, não construiu uma carreira e, como passou a vida agindo como um perfeito canalha, agora colhe os frutos.

Meu terceiro namorado também é outro chato e, apesar de ser o mais evoluído, só sabe reclamar da vida, se lamentar e não consegue ver o lado bom de nada. Nunca vai conseguir ser feliz no amor, a menos que encontre alguém tão chata quanto ele. E mesmo assim os filhos correrão grande risco de Chatice Crônica, doença grave que faz com que a criança não tenha amigos e que ninguém goste dela. Agora ele está namorando uma amiga dele de anos, só que antes ele falava mal dela porque ela era obesa, piranha e bêbada. Agora estão lá juntinhos. Vai entender...

Agora os peguetes e demais desilusões: um é um idiota mal resolvido que se apaixona a toa, já ficou noivo uma porrada de vezes mas não dá certo com ninguém. Tem baixa auto-estima e problemas de rejeição familiar, o que acaba resultando em uma necessidade absurda de parecer legal. Também está até hoje enterrado na Zona Rural e frequenta a igreja todo domingo.

O outro já era cheios de problemas em casa e casou com uma menina mais nova que eu, também cheia de problemas em casa, dos quais muito provavelmente estava doida pra se livrar. Da última vez que tive notícias soube que eles brigavam muito, mas como a Bíblia condena o divórcio, continuam casados. Fora isso, continuam enterrados na Zona Rural e frequentam a mesma rodinha de amigos de sempre, os mesmos lugares de sempre e a mesma igreja de sempre. O cara tem o mesmo emprego de sempre, em uma empresa privada, que pode demiti-lo a qualquer momento, mas ele é muito sem ambição pra tentar algo mais sólido.

O outro é um policial que eu nem sei que fim levou. Da última vez que tive notícias ele estava morando na Barra da Tijuca com a namorada que eu nem sabia que ele tinha, mas que, segundo ele, o relacionamento estava bastante desgastado. Como ele é choco e não gosta de ficar sozinho porque não deve achar sua própria companhia muito agradável, está morando com ela e se não tomar cuidado vai morrer em mais uma pensão pra pagar no futuro. Problema dele, odeio gente emocionalmente dependente. Essa parada de abrir mão da minha vida em prol da vida dos outros não é pra mim. E como eu já disse os homens têm por hábito jogar tudo pra cima da gente. As mulheres que caem nessa se perdem pelo meio do caminho e ficam sem vida própria. Isso sem contar que, se ele traiu a tal namorada comigo, muito provavelmente me trairia com qualquer uma que aparecesse no caminho. Próximo!

O outro foi um estudante de direito metido a importante. Só que ele mora na favela, estuda na pior faculdade da cidade e pensa que é bonito. Nem preciso dizer o resto, né.

E por último temos o idiota da feira. Ele continua lá na pqp, sozinho, sem vida social e vai continuar assim pra sempre, porque ele é tão sem noção e tão vazio – profundidade de um pires – que se alguém ficar com ele será meramente por interesse na estabilidade financeira. Como eu sou boa demais, criativa demais e preciso da agitação da cidade grande, dou graças aos deuses do Olimpo pelo fora da feira. Além disso, a estabilidade financeira dele não é suficiente pra mim. Sou boa demais pra isso também, mereço coisa melhor.

Depois de fazer a lista percebi que nada é por acaso. Se existir algum tipo de Força superior no Universo, foi essa Força que me livrou de todas essas furadas e, pela fé do café, tem um bofe à altura esperando por mim em algum lugar. Só que agora eu tô com preguiça de procurar, então vou esperar que ele me encontre ou então que a tal Força o jogue no meu colo. Por hoje é só. Beijos e até a próxima.


sábado, 13 de junho de 2009

Dia dos Namorados


Grande merda!
Ontem foi Dia dos Namorados, e daí? Foda-se, não tenho nada com isso, não tenho namorado e só passei duas vezes esse dia acompanhada e nem foi bom. Não foi bom porque o namorado era um chato e porque eu era namorada dele mas ele não era meu namorado. Então foi uma merda, só pra me fazer gastar dinheiro com presente caro e ganhar porcaria.
Enfim... Odeio essas datas comemorativas inventadas pelo comércio. Já falei aqui o que penso sobre o Dia dos Pais, já boicotei o Dia das Mães e o próximo será o Natal. Até meu aniversário já entrou pra lista dos futuros boicotes. E o aniversário dos outros também. Pronto!
Ok, estou parecendo uma mal amada aqui reclamando, então deixa eu explicar logo antes que a coisa fique feia pro meu lado e eu passe de super-bem-humorada a super-mal-amada. O problema é que, como eu não tenho o hábito de passar esse dia acompanhada (kkkkkkkkk......), não estou acostumada a lembrar que isso existe. Mas sempre tem um Zé-Sem-Noção pra me lembrar e pior: me desejar “Feliz Dia dos Namorados” via Orkut, só pra ressaltar beeeem que eu não tenho uma droga de um namorado, que os homens do mundo estão acabando e que muito provavelmente eu vou morrer solteirona; e só não vou ficar pra titia porque não tenho irmãos – graças aos deuses do Olimpo que tiveram piedade de mim.
Será que alguém sabe me dizer o que leva uma pessoa a deixar um recado desses no Orkut da outra assim, sem mais nem menos? Eu hein! Isso é pra quem namora, né. Dã! Porra, se a pessoa não tá me namorando, por que diabos tem de ir lá no meu Orkut deixar essas merdas? Aff!!!
Espero que depois desse post ninguém, nunca mais, toque no assunto comigo. Não sei qual é a graça, francamente. A maioria dos casais passa o ano todo caindo na porrada e depois trocam presentinhos e juras de amor no único dia do ano reservado pra isso. Dia esse que o comércio reservou, não podemos esquecer. E mesmo assim, se você resolve sair de casa num dia desses, como eu resolvi sair hoje, que é sábado pós Dia dos Namorados, dia em que muitos casais que não puderam se ver ontem por causa de trabalho, etc. resolveram “comemorar”, pode reparar na cara amarrada de oitenta por cento deles e muitos arrastando crianças pelo braço. Realmente, muito romântico. ¬¬
Falando sério, quem se ama de verdade e é feliz junto de verdade não precisa dessa palhaçada. Eu não quero um romance fake assim, quero um romance que seja especial todos os dias e que não precise de artifícios comercias pra dar uma apimentada. E outra coisa: vamos respeitar o espaço de quem está sozinho, né? Porque não tem nada mais inapropriado do que ter piedade dos solteiros e sair por aí desejando feliz dia disso, feliz dia daquilo... Isso quando não fazem pior, porque eu já vi amigas se presentearem entre si pra suprir a falta do namorado. Eu hein... Como se fosse o fim do mundo não ter namorado. Como se fosse o fim do mundo ser livre pra fazer o que se quer fazer no fim de semana, pra passar o dia de pijama na cama com o gato ou pra usar aquele blusão meio rasgado super confortável que faz parte da sua gaveta há uns dez anos. Coisas que só uma pessoa solteira pode se dar ao luxo. E dormir sozinho é o máximo, ter a cama só pra você, soltar pum debaixo do cobertor sem se preocupar com a presença do outro que só dorme com a TV ligada enquanto você precisa de escuro e silêncio absoluto. Vamos deixar de palhaçada e aproveitar a solteirice. Afinal de contas, tudo na vida tem um lado positivo e essa é a nossa fatia do bolo. Então vamos saboreá-la antes que acabe, porque depois será tarde pra chorar o leite derramado.

sábado, 6 de junho de 2009

Sem noção mandou lembranças...

Olááá!!! Estou inspirada. Adoro quando coisas bizarras acontecem porque ganho material criativo... rsrs...
Eu já andei falando aqui do Senhor Tranqueira, um bofe mega sem noção que me chamou pra sair mas não tinha dinheiro. E também contei que ele andou me ligando algumas vezes e eu sempre dando um jeito de mandá-lo pastar. Ele é tão sem noção, que meu telefone de casa mudou e ele ligou pro meu celular perguntando se o fixo tinha sido cortado. Um cara desses merece pastar, pelo amor... Já tinha um bom tempo que esse idiota não me ligava, mas esses dias ele resolveu me lembrar de sua existência. Me ligou depois de quase um ano. Eu não fazia ideia de quem estava falando e ele achando ruim porque eu não estava reconhecendo a voz dele... aff! Dei um jeito de mandá-lo à merda e fui ver a novela das oito. Eu hein! Não satisfeito ele me ligou hoje de novo, uma semana depois, reclamando que eu não tinha ligado pra ele e, novamente, achando que eu deveria reconhecer sua voz. Fala sério. Eu, de novo, mandei-o à pqp e fui comer alguma coisa (a novela já tinha acabado).
Nessa altura do campeonato, eu já me tornei uma mulher mais centrada... Ah, porra nenhuma. Eu tô é de saco cheio de quebrar a cara e me enfiei em uma redoma de auto-proteção. Tá muito bom pra mim. Mas aí vieram as reflexões e as tentativas de auto-compreensão. Numa dessas eu me peguei pensando em como os homens são imbecis. Eles nunca terminam com a gente, preferem morrer a fazer isso. E eu não acredito que seja porque não querem o conflito e tal. Eu acredito mesmo é que eles não são homens – leia-se machos – de verdade e não assumem suas atitudes. O objetivo é deixar a otária na geladeira pra usar qualquer hora, como num sábado à noite em que estejam em casa sem nada pra fazer, igualzinho esse babaca pensa que vai fazer comigo. Só que ele não sabe que, enquanto ele foi plantar o milho, eu já estava com a pipoca pronta; e também não sabe que eu sou mais macho do que ele. Eu assumo os meus atos, banco as minhas decisões, sei quando quero e quando não quero uma pessoa, e deixo isso claro. E para ficar mais claro ainda, se ele ligar de novo, vai ouvir com todas as letras que eu não quero, e além disso vai ouvir o motivo. Vou ensinar pra ele o que é ser homem.
O fato é que cada vez mais os homens usam o feminismo para jogar pra cima da gente toda a responsabilidade das relações, e como tem muitas mulheres por aí que ainda caem nessa, eles se aproveitam. E a gente deixa. Mas agora eu cansei, não deixo mais e pronto. Ainda mais agora que descobri as maravilhas do vibrador de coelhinho (vide post abaixo). Ninguém vai me deixar na geladeira, porque quando o idiota chegar pensando que tem chances, eu digo na careta de pau que eu não quero e que ele perdeu qualquer chance que poderia ter quando pensou que iria me deixar na geladeira. Se não estava a fim, fosse homem e dissesse isso. Pronto. No fim das contas esses caras são um bando de maricas, isso sim. Conheço muitas mulheres que são muito mais macho do que eles. E se algum homem ler isso e não gostar, que nem ouse deixar nos comentários. Já falei que eu sou a dona da casa, a Rainha da Cocada Preta. Se eu não gostar do comment, apago e pronto, acabou! Hunf!